PiraporinhaFilmes

10 de maio de 2013

The Avengers Os Vingadores



A sinopse não poderia ser mais sucinta, pois o filme é embasado completamente nisso, mas o desenvolvimento do roteiro, aí sim entra um grande fã das HQs chamado Joss Whedon para esmiuçar tudo na mais perfeita forma de não deixar que nenhum herói fosse jogado de lado na trama tendo todos ótimas interpretações e diálogos para falar em cena, tendo trabalhado desde o lado dramático de cada um até pontos extremamente cômicos que fazem a platéia vibrar e aplaudir. Decididamente deu pra ver os olhos de cada um dos fãs que estavam na sala brilharem e saírem em estado de orgasmo como raramente se vê em um filme baseado em uma HQ e só por isso o diretor e roteirista já merece um respeito capaz de colocá-lo no topo dos diretores de ação.

No quesito atuação, todos sem exceção estão na sua melhor forma de atuação e como já disse o diretor soube mensurar dignamente cada parte do filme para que nenhum ficasse apagado pela sombra do outro. Robert Downey Jr. com toda sua ironia cativa a cada cena que está enquadrado seja na pele de Tony Stark ou Homem de Ferro. Chris Evans com seu Capitão América, que teve um filme mediano, agora vem com toda a força e características que conhecíamos do desenho. Chris Hemsworth nem pareceu ser o mesmo Thor que assistimos no filme e parecia ser algo ridículo, agora vem mostrar toda sua potência que só o Deus do Trovão pode ter. Scarlett Johansson volta a fazer um bom papel e se mostra dinâmica em suas acrobacias como Viúva Negra. Jeremy Renner se mostra um bom Gavião Arqueiro disparando tiros certeiros com seu arco e declamando frases curtas mas bem ditas. Samuel L. Jackson como sempre bem em cena, ditando sua voz em alto e bom tom sempre chamando a cena pra si quando precisa. Tom Hiddleston faz um Loki um pouco mais apagado que no filme do Thor, que lá sim tinha mais textos, mas mesmo assim faz bem seu papel e impõe a mesma boa postura que vimos no filme anterior. Mas sem dúvida alguma as duas melhores cenas cômicas que fizeram o cinema ruir com a interpretação e o diálogo mais bem colocado das histórias dos quadrinhos está com Mark Ruffalo e o seu Hulk, e na minha opinião com certeza daria o destaque do filme pra ele, que faz muito bem o papel embora esteja lotado de computação gráfica em cima de suas interpretações. Os demais personagens são todos coadjuvantes, e como num bom filme não atrapalham nem incrementam muito as cenas como é o dever de toda a equipe de figuração com fala.



Já que entrei na questão de computação gráfica, o filme está perfeito e não deixa a desejar nem um pingo de falta de ação, todos os detalhes de explosões, lutas, tiros, flechadas, vôos estão esmiuçados de forma a sufocar de tantos efeitos bem feitos, que infelizmente por ser tão grandioso acabamos até perdendo muitas coisas vendo apenas uma vez, e com isso terei de ver mais uma vez para prestar mais atenção em tudo. Enfim temos um longa de 142 minutos que só se desliga realmente após a cena pós créditos, ou seja, como em todos os demais filmes da Marvel, aguarde os primeiros créditos para ver algo a mais que já deixará o gostinho para o próximo filme.


Continuando no quesito gráfico, se alguém quiser falar mal do 3D do filme fale justificando muito bem, pois a imersão dada nas cenas de ação é como se você estivesse presente na cena sem tirar nem por, claro que vão falar da falta de coisas saindo da tela, mas mesmo assim a quantidade de coisas saindo não em um plano exagerado para fora, está de bom tamanho. 

Pra falar do figurino e da direção de arte, basta que você compre um quadrinho qualquer dos Vingadores e com toda certeza você verá toda a transmissão de essência que foi passado para o filme, tudo está exatamente da forma que é conhecido no papel, tudo tem seu toque, seu traço visto dimensionalmente na tela grande do cinema. Uma reconstrução de cenografia impecável com grandes cenários e muita computação bem colocada para agradar a todos.

A fotografia poderia ser um pouco mais clara em alguns momentos, mas acredito que seja devido ao óculos 3D, mas não atrapalha e conseguimos observar com detalhes praticamente tudo que é capaz de ser visto na alta velocidade dos planos alternados entre detalhes dos rostos e mais abertos em batalhas, sempre num dinamismo ímpar de se ver.


O filme também conta com boas trilhas de ação compostas por Alan Silvestri que conseguiu transmitir todas as sensações que um filme de ação deve passar para o espectador e com isso o filme tem um ritmo frenético que você com toda certeza se não for um fã completo do filme sairá literalmente cansado de uma batalha com tudo que é passado em cena junto da trilha.

Enfim, escrevi demais hoje, mas espero ter passado tudo que consegui analisar do filme de uma forma técnica de quem não é um fã de quadrinhos e adorou o que viu, recomendando com toda certeza para todos sem tirar nem por, é um filme de ação como poucos podemos ver nas telas do cinema. Claro que se você que está lendo isso for um fã, já deve ter visto o filme e saído da sala pulando como vi vários fazendo hoje e irá rever incontáveis vezes no cinema e depois em casa. Portanto se você que não é fã e for assistir com um fã, vá preparado para aplausos, pulos e tudo mais. Não vou dizer que é o melhor filme do ano, porque temos muita coisa ainda pra rolar, e ainda fico dividido com minha paixão por "Hugo", então apenas coloco como um dos melhores do ano dando a nota que vou dar. Fico por aqui hoje, mas essa semana ainda tem mais 3 filmes atrasados por aqui, então abraços e até breve pessoal.



Sinopse e detalhes

Loki (Tom Hiddleston) retorna à Terra enviado pelos chitauri, uma raça alienígena que pretende dominar os humanos. Com a promessa de que será o soberano do planeta, ele rouba o cubo cósmico dentro de instalações da S.H.I.E.L.D. e, com isso, adquire grandes poderes. Loki os usa para controlar o dr. Erik Selvig (Stellan Skarsgard) e Clint Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), que passam a trabalhar para ele. No intuito de contê-los, Nick Fury (Samuel L. Jackson) convoca um grupo de pessoas com grandes habilidades, mas que jamais haviam trabalhado juntas: Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) e Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson). Só que, apesar do grande perigo que a Terra corre, não é tão simples assim conter o ego e os interesses de cada um deles para que possam agir em grupo.

Direção:
 
Joss Whedon
Roteiro:
Zak Penn, Joss Whedon
Elenco:
Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Tom Hiddleston, Clark Gregg, Cobie Smulders, Stellan Skarsgård, Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow, Paul Bettany, Alexis Denisof, Tina Benko



Nota:

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5 de maio de 2013

Á Beira do Caminho


  



Nunca tive uma relação afetiva com Roberto Carlos. Conheço e gosto de algumas canções, da Jovem Guarda principalmente, e lembro dos versos grudentos daquelas lançadas em clipes no Fantástico - como "Coisa bonita, coisa gostosa/ Quem foi que disse que tem que ser magra pra ser formosa?" ou "Não tire esses óculos/ Use e abuse dos óculos". O que torna o "Rei" soberano na música brasileira, contudo, permanecia um mistério para mim.

Logo, assistir À Beira do Caminho, um filme baseado nas músicas de Roberto Carlos, configurava um desafio. Porém, o diretor Breno Silveira, segue o mesmo caminho de 2 Filhos de Francisco, sendo capaz de levar sua história além do material que a inspira. A trama é universal: um homem, o caminhoneiro João (João Miguel), calejado por uma tragédia, se torna amargo e fechado. Sua realidade se transforma com a chegada de uma figura inocente e aberta à vida, o menino Duda (Vinícius Nascimento), órfão de mãe que sonha em encontrar o pai em São Paulo. O Rei e suas canções aparecem discretamente, apenas pontuando as mudanças na vida do seu protagonista, um fã declarado do cantor.

Das 12 canções inicialmente pensadas por Silveira para o filme, Roberto Carlos liberou apenas quatro. A restrição acabou por dividir o roteiro, escrito por Patrícia Andrade (parceira do diretor em 2 Filhos de Francisco e Era Uma Vez...) em quatro atos, sensivelmente marcados pelas letras. "Tanto tempo já passou e eu não te esqueci", de "A Distância", que mostra o amor perdido de João; "Às vezes em certos momentos difíceis da vida, em que precisamos de alguém para ajudar na saída", de "Amigo", onde a inocência de Duda começa a conquistar o caminhoneiro; "Você foi.../ O melhor dos meus erros/ A mais estranha história/ Que alguém já escreveu", de "Outra Vez", quando João começa a acertar as contas com o seu passado; e a redenção, "Eu voltei!/ Agora prá ficar/ Porque aqui!/ Aqui é meu lugar", de "O Portão".


Entre os atos, surge a estrada. Silveira faz da sua homenagem a Roberto Carlos um road movie, onde pequenas cidades e riachos à beira do caminho são belamente retratados pela fotografia de Lula Carvalho (Tropa de Elite, Paraísos Artificiais) e marcam o trajeto do Nordeste ao Sudeste do Brasil. Percurso assinalado também pela sabedoria dos para-choques, revelando lições pertinentes como "Para quem não tem nada, metade é o dobro" e "Espere o melhor, prepare-se para o pior, e aceite o que vier".


Mais do que uma bela homenagem a um cantor que, goste ou não, é parte essencial cultura brasileira, À Beira do Caminho é um bom filme. Sua realização mostra um diretor obstinado, não apenas em levar aos cinemas a música popular, mas em revelar o povo que a escuta. Suas escolhas abrem um novo universo para o espectador, muito além do "Melô das Gordinhas" da minha infância





Sinopse

A emocionante história de João, um homem que encontra na estrada uma saída para esquecer os dramas de seu passado. Por acaso ou sorte, seu caminho se cruza com o de um menino em busca do pai que nunca conheceu. A partir desse encontro, nasce uma bela relação que movimentará o delicado equilíbrio construído por João para enfrentar seus fantasmas. De Breno Silveira, o diretor de 2 filhos de Francisco, à beira do caminho evoca e se inspira em letras de sucesso de Roberto Carlos.

 

Trailer




Por : Valter Andrade

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