Nessa trama alucinante dirigida por um diretor Robert Rodriguez e inexperiente, a emoção é o ingrediente principal e está presente praticamente o filme inteiro. Uma mata fechada e sem saída é o cenário, e as surpresas existentes nela nos deixam extremamente ansiosos pelo que está por vir. Adrien Brody domina o tempo todo, e esse papel foi acertadamente entregue a ele, que como na maioria dos filmes em que faz está muito bem. É sem sombra de dúvida um grande ator, nos transmitindo firmeza e segurança até em personagens que não exigem muito dele.
O elenco de apoio também não está mal, e a brasileira Alice Braga, mesmo assumindo pequenos papéis, permanece na sua escalada rumo a um lugar de destaque no cinema americano. Só faço uma ressalva em relação ao ator Topher Grace, que sempre achei péssimo, independente do filme ou personagem que interprete, ele consegue fazer a proeza de tornar desinteressante qualquer papel que seja entregue a ele, com sua interpretação forçada e sem graça. Muitos sustos, uma boa dose de suspense, uma surpresa atrás da outra e nada de mesmice, com esses elementos o filme não cansa, pelo contrário, nos deixa é vidrados na tela. E é claro que não terminou, com uma devida parte 2 já a caminho, boas obras merecem sempre uma boa continuação, é pena que a maioria delas fracassa nesse intuito. Emoção garantida. Ótimo filme!
Começar respondendo o que muita gente pode ter dúvida ou pode estar falando errado: Não é uma regravação do primeiro Predador (1987), que estrelava Arnold Schwarzenegger! A história pode até lembrar, mas não é a mesma coisa, já que o enredo é diferente, local é diferente e, sim, tenham medo, o predador também é meio diferente.
Os personagens são bem delineados, sendo a personalidade de cada um bem interpretada pelos seus atores. Falando em atores, um deles me impressionou: Adrien Brody (Famoso por O Pianista, 2002). Não tem cara de mau, nem se fizesse uma plástica. Daria mais medo de um gato de rua que dele, mas conseguiu entrar bem na pele de um ex-militar frio e até parecer durão. Já Laurence Fishburne (Em Matrix como Morpheus) ficou uma merda no papel que desempenhou no filme. Podiam colocar o Steve Buscemi (Fez A herança de Mr. Deeds, como Crazy Eyes) que ficaria mais convincente no papel de um louco. Falando em atores, temos também Alice Braga (Que fez Eu sou a Lenda) pra representar os brasileiros, ou no caso do filme, os israelitas. Não faz muito sentido, já que podiam contratar uma israelita pra fazer o papel, mas pelo menos sobrou um pedaço do bolo pro Brasil.
Quem não gosta de clichês de cinema, melhor nem assistir pois esse filme é CHEIO, indo desde “Você não vai me deixar sozinho” e alguém arriscar o pescoço pelo inútil, até uma cena de “espadas” sobre a grama alta. O jeito que os clichês são mostrados no filme fazem com que eles não fiquem manjados, mas dão um tempero que faz qualquer um que goste de filme de ação com água na boca.
A única coisa do filme que me tirou um pouco de todo esse brilho foi que eles não respeitaram a linha da mitologia do Predador em uma parte: Predadores não gostam de caçar gente desarmada ou que não promova desafios pra eles. Não que eles não o façam, mas preferem não fazer; talvez num local onde cada membro foi escolhido a dedo pra ser caçado isso mude, mas isso é algo que eles não retrataram muito bem. Fora isso a mitologia dos predadores foi bem exemplificada. Apesar de ser uma raça com tecnologia saindo pelas orelhas (Se é que eles têm orelhas) tem também um toque medieval de troféus de crânio e coisas do tipo. Esses detalhes fazem do filme uma boa escolha pro dia de ir ao cinema. No elenco estão os atores Adrien Brody (“King Kong”), Laurence Fishburne (da trilogia “Matrix”), Topher Grace (“Homem Aranha 3”), Alice Braga (“Ensaios Sobre a Cegueira”), Danny Trejo (“Hallowen: O Início”), Oleg Taktarov (“Miami Vice”) e Derek Mears (“Viagem Maldita 2”) . Nimród Antal (“Temos Vagas”) assume a direção e a produção é de Robert Rodriguez (“Sin City”). O roteiro de 1994 de Rodriguez foi reescrito em parceria com Alex Litvak e Michael Finch (do inédito “Medieval”).
Parte 2
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