PiraporinhaFilmes

18 de fevereiro de 2015

"Tomaram sua Liberdade. Agora é Hora dele Tomar o Controle! "

                                                                 
                                                              Django Livre

Existem filmes que quando você sai da sala do cinema, está mais eufórico do que quando estava com vontade de assisti-lo. "Django Livre" pode ser mais um considerado desse estilo, pois a vontade que se tem, mesmo sabendo que não deve fazer, é de ao final da sessão levantar e aplaudir de pé a obra prima que Quentin Tarantino conseguiu nos mostrar. Posso falar que já vi muitos filmes, mas nenhum pode ser comparado ao que temos nessa obra completa de bom roteiro, maravilhosa direção e excelentes atuações que somado tudo temos um filme genial.


O longa nos mostra que Django é um escravo, comprado pelo caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz para auxiliá-lo em uma missão. A dupla acaba fazendo amizade e, após resolver os problemas do caçador, parte em busca por Broomhilda, esposa de Django. Para isso, eles devem enfrentar o vilão Calvin Candie, proprietário da escrava.

Aqui diferentemente de seus últimos filmes, Tarantino opta por não fazer um longa dividido em capítulos, o que na minha concepção ficou bem mais interessante sem termos interrupções e com isso tivemos um ritmo mais cadenciado que faz toda a passagem desde Django sendo liberto até a busca por sua amada, e com isso envolvendo várias histórias no meio do caminho. O que é bacana que a história mesmo sendo bem longa(165 minutos), ela é contada de uma forma tão gostosa de se assistir que passa voando. Claro que por ser um filme de Tarantino não espere nem um pouco por economia em sangue, pois tudo é altamente explodido pelos tiros de forma que se alguém for meio fraco pode até passar mal. Os ângulos escolhidos para capturar as cenas são um show a parte, pois a cada momento a câmera está num lugar nos colocando como se estivéssemos junto dos protagonistas em cada cena. Maravilhosa a mão do diretor tanto para escrever a história quanto para escolher a melhor forma de filmar.

No quesito atuação, sempre tem algum personagem que você não vai gostar, isso ocorre em todos os filmes, mas aqui não tem como, pois todos sem falsa modéstia estão dignos de serem indicados à prêmios. Começando por Jamie Foxx que faz um bom protagonista, não diria que chamou a responsabilidade do longa pra si, mas as expressões que faz em muitos momentos mostram que não foi escolhido ao acaso, extraindo de seu personagem uma força visceral para tratar com ódio tudo que faz, e nas cenas que "humilha" os de sua cor é notável em seu olhar a dor interna. Christoph Waltz é o cara, podemos definir ele como o homem que caiu na mão de Tarantino leva todos os prêmios possíveis, e não é pra menos, seu personagem se coloca a frente de forma perfeita, cadenciando as cenas, dando interpretação e deixas para os demais personagens, volta e faz tudo com a interpretação máxima que alguém poderia dar, é literalmente perfeito em todas as cenas, fazendo com que piadas e momentos sérios sejam totalmente confundidos e linkados de forma adequada. Leonardo DiCaprio finalmente faz um papel que merecia ser seu embora seja novo demais para o personagem, assume uma outra faceta e decola dando carisma para um "vilão" que passamos a gostar ao invés de odiar, suas interpretações soam gostosas e bem divertidas em todos os momentos. A grande surpresa do longa fica com Samuel L. Jackson, que sempre atuou da mesma forma em seus 138 filmes anteriores, consegue vir com um personagem perfeito, com trejeitos dignos de ter sido indicado à prêmios, fazendo a cada momento que esteja presente em cena que queiramos que fique ali o restante do longa e se duvidar pediríamos para que aparecesse antes, pois é excelente o que faz. Dos demais personagens, todos estão muito bem encaixados e com diálogos concisos sempre deixando para que os protagonistas finalizem as pontas e agradem, o destaque feminino desses personagens embora não se expresse muito falando é Kerry Washington, mas quando mostra interpretação corporal, faz muito bem.


 Outro destaque entre os coadjuvantes está na pontinha que o próprio diretor faz para brincar e como disse para alguns amigos que foram junto na sessão eu colocaria a cena no final para acabar com ela(melhor não falar mais nada para não dar spoilers).
A arte do longa está impecável retratando os western spaghetti de forma brilhante porém com toques tarantinescos, dando aquele ar de loucura que só o diretor tem, mas em cenários grandiosos e bem colocados pela direção de arte. Como já disse temos sangue e vísceras para todo gosto, voando tudo a cada tiro dos revólveres, pode até parecer meio exagerado em algumas cenas, mas confesso que gostei bastante. A fotografia trabalhou com cores mixadas, puxando para o sépia em alguns momentos, afinal estamos falando de um longa do gênero western, mas sem exagerar, e sempre recaindo no vermelho devido claro à alta quantidade de sangue em cena. Sempre é visto as sombras bem trabalhadas e isso acho bom demais, pois recai a premissa de que algo vai acontecer sem precisar dizer.

A trilha sonora escolhida para o longa é outro festival de músicas perfeitas, daquela que com certeza você tem de ter em casa e aonde estiver, contando com trilhas de Ennio Morricone apenas para degustar, mas com muito mais canções cantadas que agradam na medida passando desde os tradicionais acordes westerns, passando por canções pop numa levada diferente e colocando até um hip hop com a batida western ao fundo, ficou muito bacana de ouvir e todas sem dúvida encaixaram perfeitamente no longa. Como disse vale muito escutar tanto na forma original para ver como foi bem encaixada na trama, quanto ouvir depois em casa.
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10 de maio de 2013

The Avengers Os Vingadores



A sinopse não poderia ser mais sucinta, pois o filme é embasado completamente nisso, mas o desenvolvimento do roteiro, aí sim entra um grande fã das HQs chamado Joss Whedon para esmiuçar tudo na mais perfeita forma de não deixar que nenhum herói fosse jogado de lado na trama tendo todos ótimas interpretações e diálogos para falar em cena, tendo trabalhado desde o lado dramático de cada um até pontos extremamente cômicos que fazem a platéia vibrar e aplaudir. Decididamente deu pra ver os olhos de cada um dos fãs que estavam na sala brilharem e saírem em estado de orgasmo como raramente se vê em um filme baseado em uma HQ e só por isso o diretor e roteirista já merece um respeito capaz de colocá-lo no topo dos diretores de ação.

No quesito atuação, todos sem exceção estão na sua melhor forma de atuação e como já disse o diretor soube mensurar dignamente cada parte do filme para que nenhum ficasse apagado pela sombra do outro. Robert Downey Jr. com toda sua ironia cativa a cada cena que está enquadrado seja na pele de Tony Stark ou Homem de Ferro. Chris Evans com seu Capitão América, que teve um filme mediano, agora vem com toda a força e características que conhecíamos do desenho. Chris Hemsworth nem pareceu ser o mesmo Thor que assistimos no filme e parecia ser algo ridículo, agora vem mostrar toda sua potência que só o Deus do Trovão pode ter. Scarlett Johansson volta a fazer um bom papel e se mostra dinâmica em suas acrobacias como Viúva Negra. Jeremy Renner se mostra um bom Gavião Arqueiro disparando tiros certeiros com seu arco e declamando frases curtas mas bem ditas. Samuel L. Jackson como sempre bem em cena, ditando sua voz em alto e bom tom sempre chamando a cena pra si quando precisa. Tom Hiddleston faz um Loki um pouco mais apagado que no filme do Thor, que lá sim tinha mais textos, mas mesmo assim faz bem seu papel e impõe a mesma boa postura que vimos no filme anterior. Mas sem dúvida alguma as duas melhores cenas cômicas que fizeram o cinema ruir com a interpretação e o diálogo mais bem colocado das histórias dos quadrinhos está com Mark Ruffalo e o seu Hulk, e na minha opinião com certeza daria o destaque do filme pra ele, que faz muito bem o papel embora esteja lotado de computação gráfica em cima de suas interpretações. Os demais personagens são todos coadjuvantes, e como num bom filme não atrapalham nem incrementam muito as cenas como é o dever de toda a equipe de figuração com fala.



Já que entrei na questão de computação gráfica, o filme está perfeito e não deixa a desejar nem um pingo de falta de ação, todos os detalhes de explosões, lutas, tiros, flechadas, vôos estão esmiuçados de forma a sufocar de tantos efeitos bem feitos, que infelizmente por ser tão grandioso acabamos até perdendo muitas coisas vendo apenas uma vez, e com isso terei de ver mais uma vez para prestar mais atenção em tudo. Enfim temos um longa de 142 minutos que só se desliga realmente após a cena pós créditos, ou seja, como em todos os demais filmes da Marvel, aguarde os primeiros créditos para ver algo a mais que já deixará o gostinho para o próximo filme.


Continuando no quesito gráfico, se alguém quiser falar mal do 3D do filme fale justificando muito bem, pois a imersão dada nas cenas de ação é como se você estivesse presente na cena sem tirar nem por, claro que vão falar da falta de coisas saindo da tela, mas mesmo assim a quantidade de coisas saindo não em um plano exagerado para fora, está de bom tamanho. 

Pra falar do figurino e da direção de arte, basta que você compre um quadrinho qualquer dos Vingadores e com toda certeza você verá toda a transmissão de essência que foi passado para o filme, tudo está exatamente da forma que é conhecido no papel, tudo tem seu toque, seu traço visto dimensionalmente na tela grande do cinema. Uma reconstrução de cenografia impecável com grandes cenários e muita computação bem colocada para agradar a todos.

A fotografia poderia ser um pouco mais clara em alguns momentos, mas acredito que seja devido ao óculos 3D, mas não atrapalha e conseguimos observar com detalhes praticamente tudo que é capaz de ser visto na alta velocidade dos planos alternados entre detalhes dos rostos e mais abertos em batalhas, sempre num dinamismo ímpar de se ver.


O filme também conta com boas trilhas de ação compostas por Alan Silvestri que conseguiu transmitir todas as sensações que um filme de ação deve passar para o espectador e com isso o filme tem um ritmo frenético que você com toda certeza se não for um fã completo do filme sairá literalmente cansado de uma batalha com tudo que é passado em cena junto da trilha.

Enfim, escrevi demais hoje, mas espero ter passado tudo que consegui analisar do filme de uma forma técnica de quem não é um fã de quadrinhos e adorou o que viu, recomendando com toda certeza para todos sem tirar nem por, é um filme de ação como poucos podemos ver nas telas do cinema. Claro que se você que está lendo isso for um fã, já deve ter visto o filme e saído da sala pulando como vi vários fazendo hoje e irá rever incontáveis vezes no cinema e depois em casa. Portanto se você que não é fã e for assistir com um fã, vá preparado para aplausos, pulos e tudo mais. Não vou dizer que é o melhor filme do ano, porque temos muita coisa ainda pra rolar, e ainda fico dividido com minha paixão por "Hugo", então apenas coloco como um dos melhores do ano dando a nota que vou dar. Fico por aqui hoje, mas essa semana ainda tem mais 3 filmes atrasados por aqui, então abraços e até breve pessoal.



Sinopse e detalhes

Loki (Tom Hiddleston) retorna à Terra enviado pelos chitauri, uma raça alienígena que pretende dominar os humanos. Com a promessa de que será o soberano do planeta, ele rouba o cubo cósmico dentro de instalações da S.H.I.E.L.D. e, com isso, adquire grandes poderes. Loki os usa para controlar o dr. Erik Selvig (Stellan Skarsgard) e Clint Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), que passam a trabalhar para ele. No intuito de contê-los, Nick Fury (Samuel L. Jackson) convoca um grupo de pessoas com grandes habilidades, mas que jamais haviam trabalhado juntas: Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) e Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson). Só que, apesar do grande perigo que a Terra corre, não é tão simples assim conter o ego e os interesses de cada um deles para que possam agir em grupo.

Direção:
 
Joss Whedon
Roteiro:
Zak Penn, Joss Whedon
Elenco:
Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Tom Hiddleston, Clark Gregg, Cobie Smulders, Stellan Skarsgård, Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow, Paul Bettany, Alexis Denisof, Tina Benko



Nota:

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5 de maio de 2013

Á Beira do Caminho


  



Nunca tive uma relação afetiva com Roberto Carlos. Conheço e gosto de algumas canções, da Jovem Guarda principalmente, e lembro dos versos grudentos daquelas lançadas em clipes no Fantástico - como "Coisa bonita, coisa gostosa/ Quem foi que disse que tem que ser magra pra ser formosa?" ou "Não tire esses óculos/ Use e abuse dos óculos". O que torna o "Rei" soberano na música brasileira, contudo, permanecia um mistério para mim.

Logo, assistir À Beira do Caminho, um filme baseado nas músicas de Roberto Carlos, configurava um desafio. Porém, o diretor Breno Silveira, segue o mesmo caminho de 2 Filhos de Francisco, sendo capaz de levar sua história além do material que a inspira. A trama é universal: um homem, o caminhoneiro João (João Miguel), calejado por uma tragédia, se torna amargo e fechado. Sua realidade se transforma com a chegada de uma figura inocente e aberta à vida, o menino Duda (Vinícius Nascimento), órfão de mãe que sonha em encontrar o pai em São Paulo. O Rei e suas canções aparecem discretamente, apenas pontuando as mudanças na vida do seu protagonista, um fã declarado do cantor.

Das 12 canções inicialmente pensadas por Silveira para o filme, Roberto Carlos liberou apenas quatro. A restrição acabou por dividir o roteiro, escrito por Patrícia Andrade (parceira do diretor em 2 Filhos de Francisco e Era Uma Vez...) em quatro atos, sensivelmente marcados pelas letras. "Tanto tempo já passou e eu não te esqueci", de "A Distância", que mostra o amor perdido de João; "Às vezes em certos momentos difíceis da vida, em que precisamos de alguém para ajudar na saída", de "Amigo", onde a inocência de Duda começa a conquistar o caminhoneiro; "Você foi.../ O melhor dos meus erros/ A mais estranha história/ Que alguém já escreveu", de "Outra Vez", quando João começa a acertar as contas com o seu passado; e a redenção, "Eu voltei!/ Agora prá ficar/ Porque aqui!/ Aqui é meu lugar", de "O Portão".


Entre os atos, surge a estrada. Silveira faz da sua homenagem a Roberto Carlos um road movie, onde pequenas cidades e riachos à beira do caminho são belamente retratados pela fotografia de Lula Carvalho (Tropa de Elite, Paraísos Artificiais) e marcam o trajeto do Nordeste ao Sudeste do Brasil. Percurso assinalado também pela sabedoria dos para-choques, revelando lições pertinentes como "Para quem não tem nada, metade é o dobro" e "Espere o melhor, prepare-se para o pior, e aceite o que vier".


Mais do que uma bela homenagem a um cantor que, goste ou não, é parte essencial cultura brasileira, À Beira do Caminho é um bom filme. Sua realização mostra um diretor obstinado, não apenas em levar aos cinemas a música popular, mas em revelar o povo que a escuta. Suas escolhas abrem um novo universo para o espectador, muito além do "Melô das Gordinhas" da minha infância





Sinopse

A emocionante história de João, um homem que encontra na estrada uma saída para esquecer os dramas de seu passado. Por acaso ou sorte, seu caminho se cruza com o de um menino em busca do pai que nunca conheceu. A partir desse encontro, nasce uma bela relação que movimentará o delicado equilíbrio construído por João para enfrentar seus fantasmas. De Breno Silveira, o diretor de 2 filhos de Francisco, à beira do caminho evoca e se inspira em letras de sucesso de Roberto Carlos.

 

Trailer




Por : Valter Andrade

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23 de junho de 2011

Na Natureza Selvagem




Sean Penn é um ator ousado, que não tem medo de arriscar na hora de compor um personagem. Como todo mundo, às vezes erra, mas quando acerta, o resultado enche tanto os olhos quanto as telas. Como diretor, carreira que vem desenvolvendo sem pressa, ele entrega agora o seu melhor filme, e tudo isso seguindo à risca a ousadia que o tornou conhecido.
Na Natureza Selvagem (Into The Wild, 2007) é inspirado no livro homônimo, escrito por Jon Krakauer, sobre a vida de Chris McCandless. Aos 22 anos, o jovem largou sua estável vida de bom aluno e classe média-alta para partir em busca de liberdade e aventura. Deixou para trás também a sua própria identidade, rebatizando-se Alexander Supertramp. Com um destino em sua mente, o longínquo e desabitado Alasca, ele foi cruzando o continente e as vidas de muitas pessoas que lhe davam carona, casa ou um emprego temporário.
Além de criar um road movie, gênero típico das descobertas e reflexão do personagem, Penn vai também mostrando um pouco do seu país tanto nos aspectos geográficos - passando por corredeira, deserto e neve - quanto humanos. Supertramp vai vendo e entendendo os diferentes níveis de relacionamento que podem haver entre as pessoas, como os hippies Rainey (Brian Dierker) e Jan (Catherine Keener) e o solitário veterano de guerra Ron Franz, papel que rendeu uma justíssima indicação ao Oscar a Hal Holbrook.
Para ajudá-lo a mostrar as paisagens, é imprescindível a participação do diretor de fotografia Eric Gautier (Diários de Motocicleta), que passa o filme equilibrando a importância do protagonista com as paisagens ao seu redor. E para acentuar este trabalho, entra ainda a bela e emotiva trilha sonora criada por Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, em seu primeiro projeto solo.  


Mas nada disso teria a mesma força sem o ator certo. Para interpretar toda essa catarse física e psicológica enfrentada pelo protagonista, Penn escalou Emile Hirsch. Mais conhecido pelos papéis de adolescentes que fez recentemente em Alpha DogOs Reis de Dogtown Show de Vizinha, Hirsch amadureceu junto com seu personagem e inicia agora uma nova fase na sua carreira, como adulto. Torçamos para que as cores e a velocidade enfrentadas no Speed Racer dos irmãos Wachovsky não o façam perder o bom caminho que já o levaram tão longe.    





















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2 de abril de 2011

Machete

Deus tem piedade. Eu não!” frases de efeito como essa estão por toda parte em “Machete”, filme de Robert Rodriguez que nasceu de um trailer do projeto Grindhouse, de Quentin Tarantino e do próprio Rodriguez. O projeto, uma homenagem às sessões duplas de filmes B exibidas em antigos cinemas nos EUA, consistia em um média metragem de Tarantino, “À Prova de Morte”, e um média de Rodriguez, “Planeta Terror”. Entre eles,


trailers de falsos lançamentos, como este “Machete”, “Hobo with a Shotgun” (“Mendigo com uma Espingarda”, numa tradução livre), “Mulheres Lobisomens da SS” (será que nesse caso seriam “Lobimulheres”?), “Não” e “Dia de Ação de Graças”. Apesar do projeto Grindhouse em si ter sido um fracasso, forçando os produtores a lançarem os dois médias separadamente em versões estendidas, os trailers que os separavam começam a dar frutos. Além de “Machete”, de Rodriguez, o diretor Jason Eisener pretende lançar nos cinemas em 2011 o seu primeiro longa, “Hobo with a Shotgun”. Curioso sobre a sinopse? A tradução que sugeri do título dá uma boa ideia da trama.
”Machete” é estrelado pelo mexicano Danny Trejo (“Um Drink no Inferno”, entre outros), que encarna um agente federal mexicano, com uma sangrenta predileção por machetes, que é obrigado a fugir para os EUA depois que o líder do tráfico no país mata sua família. Já nos EUA, ele é intimidado a assassinar um senador americano que pretende criar leis mais duras contra imigrantes, mas descobre tarde demais que tudo é uma grande armadilha. Enquanto foge (e desmembra), ele é ajudado por uma mexicana, líder de um grupo de imigrantes ilegais, e uma agente da polícia americana, que investiga o tráfico de pessoas na região. Pode parecer apenas mais um Trash qualquer, com um coadjuvante famoso talvez passando por uma fase decadente. Mas não é bem assim quando se trata de Robert Rodriguez, grande amigo de Quentin Tarantino e um dos diretores Trash mais badalados de Hollywood. O elenco de Rodriguez conta com: Robert De Niro no papel do senador; Lindsay Lohan como filha do senador; Jessica Alba no papel da policial que ajuda Machete; Michelle Rodriguez liderando o grupo de imigrantes; Cheech Marin como padre; e Steven Seagal como chefe do tráfico e inimigo mortal de Machete.

“Machete” é uma comédia que não deve ser levada a sério. Nem por um segundo. Homenageia um gênero de cinema que está quase morto, mas que ainda encontra ocasionais representantes, como o hilário “Black Dynamite”, de Scott Sanders. E consegue ser brilhante no seu objetivo: fazer rir.


A trama de ”Machete” pode soar clichê e bastante gratuita... na verdade, “Machete” é tremendamente divertido por ser as duas coisas. Danny Trejo não mede esforços para incorporar o herói durão, conquistador, violento e cheio de frases de efeito (a minha favorita é “Machete não manda mensagem” dita após nosso herói ser perguntado porque não informou onde estava). Manobrando suas machetes ou qualquer outra lâmina que tenha nas mãos, o personagem de Trejo é uma máquina ambulante de sangue jorrando, apesar de eu ter sentido falta de um pouco mais de decepações (sim, eu tenho tomado meus remédios). Quando algum bandido não está na sua mira, ele rapidamente consegue alguma bela mocinha para lhe fazer companhia, por mais incoerente que isto seja para o resto da trama. Mas Trejo, apesar de ser a alma, ou melhor, as vísceras do filme, não é o único que merece elogios. A participação do veterano Cheech Marin rende as melhores cenas do filme que contam com diálogos hilários. Jessica Alba faz uma boa participação, mostrando que pode fazer cinema de forma competente quando suas qualidades de atriz não são muito cobradas; e Michelle Rodriguez comprova mais uma vez que nasceu para o gênero de ação. Surpreendentemente, a participação de De Niro não fica deslocada, mostrando que até um grande ator pode aprender a relaxar e se divertir em uma ação escrachada. Melhor vê-lo como senador em um Trash de Rodriguez, do que tentando fazer um médico sério em bombas como “O Amigo Oculto”. Quem decepciona mesmo é Seagal, que aparece pouco e tem um duelo final com Machete bem aquém do resto do filme. E Lindsay Lohan... digamos que ela agora interpreta ela mesma. Os anos de álcool e drogas não trataram bem o rosto de uma das grandes promessas adolescentes de Holyywod.
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16 de novembro de 2010

Top Secret! Superconfidencial


SHHH...NÃO SE ATREVA A COMENTAR COM NINGUÉM SOBRE ESTE FILME...



Este é aviso que aparece na capa do filme e daí dá pra imaginar o que vem pela frente.
Pois é os escritores e diretores Jim Abrahams, David Zucker e Jerry Zucker depois de ‘’Apertem os Cintos o Piloto Sumiu’’ aprontaram mais uma de suas loucuras criando em 1984 a comédia Top Secret – Super Confidencial! Lançado pela CIC vídeo.


O tema do filme é a luta da resistência francesa contra ocupantes nazistas. Daí você pensa, mas é um filme de guerra ou comédia, e eu diria que é uma guerra de risos, porque em todas as cenas os absurdos são constantes e inesperados, aliás, diga-se de passagem, a marca registrada dos irmãos Zucker.

O galã roqueiro Nick Rivers (Val Kilmer) é contratado para cantar em um grande show na Alemanha, estratégia que os alemães utilizaram para desviar a atenção do mundo contra ataques de submarinos aliados. Nessa confusão toda, ele acaba conhecendo Hillary Flamond (Lucy Gutteridge) onde acaba se apaixonando, mas mal sabe ele que ela pertence a resistência francesa


Ela pede ajuda a Nick para poder resgatar seu pai que é cientista e está em poder dos alemães e conta também com a ajuda do detetive Cedric (Omar Sharif) que só se mete em enrascadas Nick se vê em apuros para defendê-la, indo parar na cadeia por ter agredido um dos policiais alemães. Ao tentar fugir da cadeia Nick encontra com o pai de Hillary, Dr. Paul Flammond (Michael Gough). Nick é solto para realizar mais shows pela Alemanha e informa a Hillary que encontrou seu pai na cadeia. Hillary conta a Nick que teve um caso com Nigel (Cristopher Villiers) e aí em flash back vemos a cena dos dois em uma ilha deserta onde cresceram juntos... lembraram né, o filme satiriza a Lagoa Azul.



A partir daí eles contratam os soldados mais pirados para a missão de capturar o pai de Hillary das mãos dos alemães. Entre eles estão,Du Quois (Harry Ditson), Deja Vu (Jim Carter), Chocolate Mousse (Eddie Tagoe)e o imortal Latrine (Dimitri Andreas), mas para surpresa de Hillary o grupo é liderado por um misterioso Tocha que nada mas é que Nigel. O reencontro dos dois provoca ciúmes em Nick.


Ao chegarem até o presídio montam um esquema para passar pelos guardas usando um disfarce de vaca, porém alguém já viu uma vaca de botas e fumando. Só aí que se descobre que Nigel é um traidor e obriga seu companheiro a religar a energia elétrica do gerador que haviam cortado para adentrarem no presídio. O restante dos soldados conseguem capturar o Dr. Flammond, mas Nigel seqüestra Hillary e a missão de Nick agora é salvar a mocinha das mãos do bandido. Tudo acaba bem com Hillary encontrando seu pai e conquistando o amor de Nick, mas o que tem haver a despedida de Hillary com o espantalho do Mágico de Oz??? antes dela partir no avião. Estes são os imprevistos que a imaginação louca dos irmãos Zucker podem criar.


Tive que começar minha primeira análise de filmes, por um que marcou minha infância: TOP SECRET! (com ponto de exclamação mesmo!). Acho que foi um dos filmes que mais vi e revi na minha vida.


Besteirol completo baseado em filmes de espiões como 007, misturando Lagoa Azul, filmes de guerra e até Mágico de OZ (Quem não se lembra da despedida do Espantalho, chorei muito naquela cena). Uma misturada que resulta num filme engraçado e non sense total.













Por: Valter Andrade


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13 de novembro de 2010

When Youre Strange


Será que já foi tudo dito sobre os Doors? Parece que não, pelo menos é isso que quer levar a pensar o realizador deste documentario Tom DiCillo.
O filme teve o apoio do antigo elemento da banda Ray Manzarek (teclista) que segundo ele "este é a verdadeira historia dos Doors", ele que juntamente com os restantes elementos consideraram o filme de Oliver Stone "The Doors" de 1991 com Val Kimmer uma distorção da verdade.



Eu devo confessar que des da minha adolescência sempre fui um grande fã dos Doors, alem de ter todos os seus álbuns tinha lido livros sobre o grupo e sobretudo sobre Jim Morrison. Para mim Jim representava a rebeldia própria da adolescência, um incompreendido que ao mesmo tempo era um génio e um louco alcoólico. Ou seja eu estava a espera de ver alguma novidade neste documentario que ainda não soubesse sobre a banda.
Para mim este documentario não trouxe nada de novo, alias é bastante curto, uns 80 minutos, é super monótono, mesmo com a voz do Johnny Deep como narrador não deixa de ser insosso. Os elementos da banda tanto criticaram o filme de Oliver Stone e agora apoiam um documentario muito menos conseguido.


"Para quem conhece pouco ou nada dos Doors aqui esta um documentario para iniciar-se no tema, agora para mim que já os conheço de há muito tempo ele não trouxe nada de especial."






http://whenyourestrangemovie.com/

O diretor de When You're Strange, Tom DiCillo, contou em seu blog que o documentário sobre a banda The Doors, que é narrado por Johnny, teve uma indicação ao Emmy! Leia o post do diretor:
Citar:
Bem, recebi um louco e-mail esta manhã de um dos produtores, me informando que When You're Strange foi indicado a um Emmy.

Parece que o episódio de American Masters da PBS em que When You're Strange foi exibido, foi indicado a "Excepcional Conquista em Série de Não-Ficção" (Outstanding Achievement in a Non-Fiction Series).
É um pouco indireto, mas diabos, realmente ótimas notícias.
Além disso, o filme continua indo bem na Europa. França expandiu o lançamento para 100 cópias. Só para colocar as coisas em perspectiva, em seu ponto máximo, Estados Unidos teve 8 cópias.
Alemanha, Noruega e Suécia estão indo muito bem. Nada definido no Reino Unido ainda. Acho que o Japão está no horizonte.

Sinopse: Em 1965, na praia de Venice, na Califórnia, Jim Morrison e Ray Manzarek, então colegas da escola de cinema da UCLA, fundaram a banda The Doors, cujo titulo ecoava o romance The Doors of Perception, do poeta William Blake. Morrison ocuparia os vocais e Manzarek, o teclado. Pouco depois, conheceriam John Densmore e Robby Krieger, que se tornaram baterista e guitarrista da banda, respectivamente. Seis anos mais tarde, os Doors já eram considerados uma das bandas mais influentes do Estados Unidos. Mas, nesse mesmo ano, Morrison morreria tragicamente em Paris. Documentário narrado por Johnny Depp, foi exibido nos festivais de Berlim e Sundance em 2009.

Elenco:
Johnny Depp ... Narrador (voz)
Jim Morrison ... Ele mesmo (arquivo)
John Densmore ... Ele mesmo (arquivo)
Robby Krieger ... Ele mesmo (arquivo)
Ray Manzarek ... Ele mesmo (arquivo)






Por:Valter Andrade

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