A vasta filmografia de Jim Carrey inclui grandes clássicos da comédia, onde ele podia exercitar suas micagens excessivas e até um pouco forçadas, o que nos fez enxergá-lo sempre como um fanfarrão.
Em suas nuances de humor, tentou mostrar talento em filmes densos como Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e O Show de Truman, entre outros; mas, infelizmente, ver Jim Carrey sério, tentando nos fazer acreditar que é um cara de talento dramático, foi sempre um tiro saído pela culatra. O bom dele é o exagero, é a expressão demasiada absurda para determinadas situações. Aquilo que talvez tenhamos vontade quando alguém nos fala algo ridículo: torcer nariz, boca, mostrar a língua, bem ao estilo O Máscara
Em I Love You Phillip Morris, que no título em português ficou O Golpista do Ano Jim Carrey vem mais amadurecido no drama.
Não há caras e bocas, não há trejeitos exacerbados, mas há o talento de um ator que após anos de estrada consegue nos convencer de que é um astro.
Não costumo, quando comento um filme, falar demais do roteiro, dando indicações do que o filme tem pra mostrar. Gosto de dar uma opinião geral, uma crítica que não desvenda totalmente a história, para que assim, quem ler, tenha interesse e vontade de assistir ao filme.
A participação de Rodrigo Santoro é a melhor da sua carreira internacional. Ele se mostra simpático, com um bom inglês e, no momento certo, dramático e convincente.
Não há caras e bocas, não há trejeitos exacerbados, mas há o talento de um ator que após anos de estrada consegue nos convencer de que é um astro.
Não costumo, quando comento um filme, falar demais do roteiro, dando indicações do que o filme tem pra mostrar. Gosto de dar uma opinião geral, uma crítica que não desvenda totalmente a história, para que assim, quem ler, tenha interesse e vontade de assistir ao filme.
A participação de Rodrigo Santoro é a melhor da sua carreira internacional. Ele se mostra simpático, com um bom inglês e, no momento certo, dramático e convincente.
Ewan Mcgregor é o “protagonista” que divide a cena com Jim e leva o nome do filme. Ewan é Phillip, na construção de um personagem gay perfeito.
Suas reações e trejeitos, seus olhares e sorrisos mostram um cara simples, homossexual reservado e ciente de suas condições junto à sociedade. Em alguns momentos do filme ele demonstra a temeridade de ser gay num mundo tão preconceituoso de homens violentos.
Mas a Jim Carrey temos que dar os parabéns pela convincente interpretação de uma personalidade verdadeira. A história é baseada em fatos reais e, claro, o verdadeiro Steven Russell deve ser tão cara de pau como Jim, mas dificilmente suas expressões são tão boas e cômicas.
Mas a Jim Carrey temos que dar os parabéns pela convincente interpretação de uma personalidade verdadeira. A história é baseada em fatos reais e, claro, o verdadeiro Steven Russell deve ser tão cara de pau como Jim, mas dificilmente suas expressões são tão boas e cômicas.
É gratificante ver um ator do qual gostamos atingindo um patamar importante de sua carreira. I Love You Phillip Morris, para quem espera um clássico filme gay, é frustrante. Apesar de alguns apelos em determinadas cenas, o filme se concentra na capacidade do personagem Steven de conseguir driblar os mais altos executivos, policiais, médicos e até juízes. Se assim o fez na vida real, foi admirável a capacidade de Steven Russell de ludibriar a máquina do Tio Sam
Como a própria história mostra, as falcatruas de Steven nunca fizeram mal a ninguém, além dele mesmo; nunca causou tragédias, apenas o beneficiou de uma forma “ilegal” que seja, mas que o tornou uma lenda. Não há onde crucificar o personagem, já que o que fez foi única e exclusivamente para proporcionar a ele e aos que o cercavam uma vida de glamour nos padrões que jamais conseguiria sendo um honesto trabalhador americano. Não que aqui faça apologia à falta de caráter, mas como na arte cinematográfica a licença poética é que vale, deixemos Steven Russell amar Phillip Morris da forma como conseguiu.
Por: Valter Andrade
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