PiraporinhaFilmes

27 de setembro de 2010

O Clube dos cinco

Nenhum filme foi mais a fundo na mente adolescente do que "O Clube dos Cinco". Dirigido por John Hughes, o filme conta a história de cinco adolescentes completamente diferentes que por terem cometidos infrações, são obrigados a passar um sábado na escola e escreverem uma redação onde reflitam quem eles são. O grupo é compostos por Andrew (Emilio Estevez), o esportista; Claire (Molly Ringwald), a patricinha; John (Judd Nelson), o deliquente; Allison (Ally Sheedy), a estranha e Brian (Anthony Michael Hall), o cdf. Poucas vezes o cinema abordou de forma tão clara como os adolescentes vêem a sociedade e a família, através de seus medos e anseios (tão característicos dessa época). Entretanto, esses medos não são em vão. Tendo os pais como principal referência, o grupo de cinco se preocupa se acabarão como seus pais. Discutem a cobrança que sofrem para sempre serem os melhores ou como são ignorados pelos pais. De outro lado, Hughes mostra a visão dos adultos através dos diálogos entre o diretor da escola Richard (Paul Gleason) e o faxineiro Carl (John Kapellos). O grande clímax do filme é quando cada um expõe o real motivo de por quê estão ali. Os diálogos são o grande atrativo do filme. Seguem abaixo algumas frases:
"Os garotos não mudaram, você mudou". (Carl para Richard)
"Quando você se torna adulto, o seu coração morre". (Allison)
"Eu não vou tolerar nenhum perdedor em minha família". Andrew repetindo a frase dita por seu pai.

Frases para se pensar... Ao final, eles entregam a redação onde dizem que por mais que eles escrevam a redação pensando em quem eles realmente são, o diretor da escola sempre os verá da mesma forma como sempre viu, encerrando o filme ao som da clássica "Don't you forget about me" do Simple Minds. Se "Curtindo a vida adoidado" é o filme mais popular de John Hughes, com certeza "O Clube dos Cinco" é a sua obra-prima. Vale a pena ver e rever esse clássico!
Especialmente para o inicio do Ano 5 do Cine JP, que nesses ultimos meses continua subtamente dificil em questionamentos pessoais como falta de inspiração ou até mesmo a escassez de filme porém o principal é sempre a preocupação de entregar a vocês não só apenas uma opinião formada de um filme, mas um texto de qualidade e diferenciada, marca registrada desse blog. No ano passado, tive uma oportunidade de conferir um excelente filme que consegue exprimir não só apenas uma arquitetura calculada de qualidade exemplar, mas também uma representação verdadeira de uma geração que mesmo passado alguns anos desde seu lançamento, ainda continua atual e marcante para quem assiste. O filme escolhido é com certeza O Clube dos Cinco de John Hughes.

Em um colégio de Illinois, tudo está vazio assim como o respecto dia. O sábado e o colégio é simbologia de um concreto vazio mas lembra também o descanso de um estudante. Bem, isso era ser. Entretanto em um sábado especial ou inglórioso, cinco jovens com personalidades distintas e peculiariedades únicas são punidos a ficarem dentro da biblioteca da escola e com uma tarefa em comum: Cada um fazer um ensaio de si mesmo.

Não vou me aprofundar muito em suas curiosidades ou o rumo dos atores e principalmente na carreira do diretor John Hughes que praticamente em vida e em seus filmes conseguiu imortalizar a questão do estilo dos adolescentes da decada de 80 e de quebra ditou modos e a mente de muitos jovens nas decadas seguintes e a prova disso é de como uma sessão de qualquer filme dele consegue ser não só apenas um escapismo mas sim uma obra de arte que conseguiu explanar a pulsação juvenil. Obrigado John Hughes por trazer para todos nós esse cinema tão interessante e inesquecivel.
Quem tem mais de 20 anos ou mais sabe o quanto o filme representa: um clássico inquestionavel para o que muitos consideram uma década perfeita onde se via de tudo e até hoje fica aceso em nossos corações. Crescemos vendo a fantasia sendo praticada com tanta perfeição com Spielberg, Lucas, Cameron e a cinesérie de James Bond; Vimos o medo sendo implantado ao mais profundo de nossos corações com os filmes de horror de John Carpenter, George Romero e as cineséries de Jason, Freddy e cia.; Também vibramos e sentimos a adrenalina explodir em nossas veias com os filmes de Stallone e Schwarzenegger. Mas o cinema de John Hughes executou a imagem do adolescente como um pintor mediante a sua obra máxima. E foi com essa visão sutil e inesquecível que O Clube dos Cinco é a representação máxima dessa juventude e talvez da nossa também.
O roteiro de Hughes transparece do inicio até o seu termino a efervencia jovial sintetizados em cinco adolescentes. Muitos dos jovens criticos que surgem no mundo ou aqueles que veem um filme como um produto industrializado veem esse filme como um cliche atrás do outro e alguns vêem como lixos atuais como High School Music, Malhação ou agora Quase Anjos como referencia juvenil. Hughes construiu cada personagem em uma maneira que gradaualmente o público se identifica ao ponto que não só apenas se identifica com um, mas sim com todos ao trazer temas comuns e verdadeiros da juventude como sexualidade, frustrações, reeprendimentos, alegrias, tristezas, ou seja, sentimentos que lembramos o quanto somos frágeis.

Mesmo sendo lançado a mais de 25 anos, consegue ser tão atual quanto a busca de novas emoções desconhecidas em um adolescente. O Clube dos Cinco é um filme tão essencial quanto a própria essencia da vida. Ficamos até surpreendidos que algumas obras tocam em uma maneira tão verdadeira, tão pertinente e tão especial quanto é esse filme de Hughes. Os filmes dele, os discos do Legião Urbana, os desenhos inesqueciveis foram e serão fatos que marcaram as nossas vidas que aqueles tempos vivenciamos ao máximo. Assim como a segunda feira, o dia que o clube tinha mais medo, também temos medo mas vamos deixar chegar e que nos contamine a saudade dos melhores tempos da nossa vida.

Podem berrar, espernear, apresentar teses e até me torturar. Não importa, eu sou uma rocha de convicção quando o assunto é Breakfast Club, ou melhor dizendo, Clube dos Cinco. Para mim este filme é um cult e pronto.
Vamos lá, minha gente, vamos ser camaradas e deixar os preconceitos de lado. Esqueçam o último filme da Jenifer Lopes, os filmes de Sessão da Tarde de cachorros e crianças choronas que nos dão náuseas, e também algumas adaptações baratas de alguns desenhos para o cinema. Esqueçam a Malandrinha, Férias Frustradas e o pentelho do tio Buck. Apenas aluguem esta belíssima fita, sentem numa poltrona de couro bem confortável e viajem para um mundo de cultura pop dos anos 80 ao som dos Simple Minds, sem julgar Clube dos Cinco pelo currículo do diretor.
O quê? quem tiver menos de 25 deve estar se perguntando. Tudo bem, serei mais específica. O filme foi lançado no auge dos polêmicos anos 80. Por aí já começam os preconceitos. Muita gente gosta de caracterizar estes anos como aqueles em que nada se produziu de bom. Que foram anos marcados pela cafonice e a falta de bom gosto. Mas quem fala isso ignora nomes como The Cure e Smiths, o auge da era Spielberg, o período em que o rock nacional mais produziu e o nascimento mundial da MTV e da revista Bizz, em terras tupiniquins.



Os anos 80 foram legais, mas eu não estou aqui para fazer apologia à época dos laços de tule, das bermudas balonê e dos vestidos trapézios. Só quero provar que são meros detalhes o diretor ser suspeito, a época do filme ser suspeita, os atores serem suspeitos... Nada importa. O que vale é a história dos cinco adolescentes que são confinados no colégio em um sábado por terem cometido pequenos delitos, tendo que escrever uma redação de mil palavras sobre o que eles pensam de si mesmos. O clímax do filme fica por conta do momento em que seus papéis estereotipados são quebrados, depois que eles fumam maconha, e passam a aceitar uns aos outros.
Hughes conseguiu unir neste filme a nata dos atores promissores da época, que enfeitavam nossos guarda-roupas e cadernos e por quem éramos capazes de matar por um pôster. Afinal, na época, essas coisas eram mais difíceis. Os nomes podem ser estranhos para muita gente, pois foram esquecidos num piscar de olhos, ops, quer dizer, num piscar de década. Não sei se eu estava viajando mas acho que cheguei a ver a Molly Ringwald, musa dos anos 80 criada por Hughes, fazer uma pontinha num dos trailers da série Pânico. Muito triste para alguém que um dia já foi a Garota Rosa-Shoking... Uma espécie de Cinderela moderna...
Bom, mas já disse que isso não importa. Os cinco eram: Molly Ringwald, que faz o papel de princesinha da turma, Judd Nelson, o rebelde, Emilio Estevez (irmão de Charlie Sheen e que teve um casamento tumultuado com Demi Moore – antes do Bruce Willis), que representa o esportista, Ally Sheedy, uma garota meio dark e Anthony Michael Hall, o garoto mais inteligente da turma, que traz o mistério da trama porque ninguém sabe porque ele está lá.


E é com estes atores, com estes personagens, que Clube dos Cinco tem um argumento simples, com um roteiro leve e profundo rodado em apenas dois meses. Sua beleza não está somente na mistura inusitada de drama e comédia, mas também por representar um momento feliz na carreira de Hughes e em nossas vidas adolescentes, pois não éramos insultados por fórmulas baratas e enlatadas. Talvez até porque seja Hughes que tenha dado origem a estas fórmulas desprezíveis, que apesar de se tornarem um clichê, foram, um dia, originais.

Temos muito que aprender com John Hughes, se considerarmos que ele foi o responsável por moldar o gosto de toda uma geração. Tanto que sustentava o título de Steven Spielberg do mundo adolescente pois foi também o criador de preciosidades como "Curtindo a Vida Adoidado", "Gatinhas e Gatões", e "Mulher Nota 1000". Todos moradores da eterna Sessão da Tarde e alimento da nossa nostalgia.
Depois de assistirem ao filme e lerem os meus argumentos, me digam, Clube dos Cinco é ou não um cult? ****
Por :Valter Andrade
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7 de setembro de 2010

Código de Conduta


Conhecido por dirigir filmes de ação, como "O Negociador" e "Uma Saída de Mestre", F. Gary Gray é um dos diretores afro-americanos mais bem-sucedidos dos últimos tempos. Em seu mais recente filme de ação, "Código de Conduta," ele se volta para uma história de vingança, contando com o ator escocês Gerard Butler ("300") à frente do elenco.

Com roteiro escrito por Kurt Wimmer, responsável pelas histórias de "Reis da Rua" e "Equilibrium" (este último lançado diretamente em DVD), o filme desenvolve a história de Clyde Shelton (Gerard Butler), cuja esposa e a filha são assassinadas durante um assalto. Clyde estava presente e reconhece os criminosos, mas um detalhe jurídico contribui para que um deles, Darby, saia da prisão.

Quando vai pedir ajuda ao promotor público Nick Rice (Jamie Foxx, de "Ray"), alegando que o assaltante estuprou sua esposa, o viúvo percebe que houve um acordo, baseado em delação premiada. Assim sendo, não há nada mais a ser feito. Clyde parte, assim, para planejar sua própria vingança.
Dez anos se passam até ele começar o acerto de contas. O plano é fazer com que o sistema jurídico funcione a seu favor. Sistematicamente, Clyde passa a eliminar todas as pessoas responsáveis pelo inquérito que livrou Darby das acusações. Mas, por falta de provas conclusivas, ele não pode ser preso.


Assim, cabe ao promotor Nick Rice impedir as ações do homem, indo muito além de seu trabalho jurídico (já que promotores não fazem investigação em cenas de crimes). Mesmo contra a vontade, ele acaba entrando no jogo de Clyde, que se satisfaz em humilhá-lo publicamente.

O que mais incomoda nesta história não é a vingança em si, mas a inversão de papeis criada por Kurt Wimmer. Numa história em que não existe "mocinho", ele glorifica os desajustados e dá força a uma defesa do linchamento. Uma lógica perversa presente, aliás, em seus filmes anteriores.

Some-se a essa discussão o trabalho de Gray, que não consegue disfarçar as falhas estruturais da produção. Mesmo as cenas de ação não têm clímax, deixando a desejar num item que, em tese, seria o forte de "Código de Conduta." Apesar da boa dupla de atores Butler e Foxx, o filme não corresponde às expectativas que levantou.

A mulherada que já quis levar o escocês Gerard Butler (o Leônidas de “300?) pra casa, vai ficar em polvorosa de ver o o homem malvadão e peladão neste “Código de Conduta”. Sim, ele é impiedoso com suas vítimas no filme, mas vejam só, ele também foi bonzinho um dia. Levava uma vida tranqüila com a mulher e a filhinha, quando um bando de ladrões entraram em seu apartamento e mataram suas queridas.

Logo depois os malfeitores foram pegos, mas a polícia incompetente não soube fazer uma boa perícia no local do crime, e o promotor público (Jamie Foxx) negociou com os bandidos de tal forma, que um deles conseguiu amenizar sua pena.
Então o Gerard transtornado, perdeu o chão.
Ele queria justiça, mas as brechas do sistema o deixaram literalmente despido.
Achou curioso?
Mais interessante achei a forma como as motivações vão sendo ticadas como uma equação no filme. Porque o homem vira uma espécie de Jigsaw (o vilão da série “Jogos Mortais), disposto a se vingar dos bandidos, dos policiais, do sistema jurídico, usando sempre armadilhas engenhosas.

Filme de ação e suspense para assistir grudado na poltrona e não conseguir desgrudar os olhos da telona.



Piraporinha filmes recomenda! Vale a pena!

Curiosidades:
» Frank Darabont ('O Nevoeiro') dirige e Kurt Wimmer ('Thomas Crown: A Arte do Crime') é responsável pelo roteiro.

Elenco:
Gerard Butler,
Jamie Foxx,
Michael Gambon,
Leslie Bibb,
Colm Meaney,
Theresa Randle,
Viola Davis,
Regina Hall,
Bruce McGill.

Direção: F. Gary Gray
Gênero: Ação
Duração: 108 min.
Distribuidora: Imagem Filmes
Estreia: 06 de Novembro de 2009


Por : Neidy e Valter Andrade
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5 de setembro de 2010

Paranóia


D.J. Caruso já possui experiência em suspense, pois dirigiu em 2004 o filme "Roubando vidas", com Angelina Jolie. Agora em 2007 ele volta ao gênero com um filme adolescente que consegue ser descompromissado e, ao mesmo tempo, interessante. Estrelado por Shia LaBeouf (de "Transformers"), o longa é como uma versão adolescente de "Janela indiscreta".

Kale (LaBeouf) é um jovem que foi condenado a passar 3 meses em prisão domiciliar por ter agredido um professor de espanhol. Com um aparelho preso ao corpo, ele só pode ficar a 30 metros de distância da casa. Caso ele se distancie mais, a máquina chama automaticamente a polícia e ele vai pra prisão.

Mas ao contrário do que se possa imaginar, o protagonista não é um badboy e sim um garoto um pouco rebelde e traumatizado pela morte do pai. Entediado em casa, ele passa a espionar os vizinhos usando um binóculo. E duas coisas chamam sua atenção: a nova e curvilínea vizinha (Sarah Roemer, de "O grito 2" e um estranho morador (David Morse, de "Lembranças de um verão") que ele suspeita ser um assassino em série.

A história desenvolve variando entre a comédia teen e algumas cenas mais tensas. O resultado é positivo. Sem a preocupação de ser aterrorizante ou engraçado, "Paranóia" diverte quem procura um filme mais leve e com boas cenas de suspense! No elenco também está Carrie-Anne Moss (da "Trilogia Matrix" e "Amnésia").

A história bem doida, atores meio conhecidos/meio desconhecidos, binóculos e espionagens são alguns dos ingredientes que fazem a mistura desse filme.

Poucas vezes um filme conseguiu me deixar nervoso… hehehe… E esse conseguiu. Não assistam querendo ver o melhor filme do mundo, mas assistam com a intenção de se divertir, porque o filme consegue mesmo.




Slogan que dá tema ao filme ‘Paranóia’ lembra ‘Janela Indiscreta’, de Alfred Hitchcock.











E por aí vai. Os sustos e suspenses são moderados. Mas vale a atenção pela
releitura proposta da obra de 1954 e a contemporaneidade dos jovens e seus brinquedos tecnológicos. Assim como as possibilidades de atrocidades e perversões dos clássicos subúrbios americanos.












Direção: D. J. Caruso.
Roteiro: Christopher B. Landon e Carl Ellsworth.
Produção: Jackie Marcus, Joe Medjuck, Tom Pollock.
Edição: Jim Page.
Música: Geoff Zanelli.

Elenco:
Shia LaBeouf (Kale),
Sarah Roemer (Ashley),
Carrie-Anne Moss (Julie),
David Morse (Sr. Turner),
Aaron Yoo (Ronnie)
e Jose Pablo Cantillo (Oficial Gutierrez).
Distribuição: Em DVD pela Paris Filmes.


Por: Valter Andrade
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