Django Livre
Existem filmes que quando você sai da sala do cinema, está mais eufórico do que quando estava com vontade de assisti-lo. "Django Livre" pode ser mais um considerado desse estilo, pois a vontade que se tem, mesmo sabendo que não deve fazer, é de ao final da sessão levantar e aplaudir de pé a obra prima que Quentin Tarantino conseguiu nos mostrar. Posso falar que já vi muitos filmes, mas nenhum pode ser comparado ao que temos nessa obra completa de bom roteiro, maravilhosa direção e excelentes atuações que somado tudo temos um filme genial.
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O longa nos mostra que Django é um escravo, comprado pelo caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz para auxiliá-lo em uma missão. A dupla acaba fazendo amizade e, após resolver os problemas do caçador, parte em busca por Broomhilda, esposa de Django. Para isso, eles devem enfrentar o vilão Calvin Candie, proprietário da escrava.
Aqui diferentemente de seus últimos filmes, Tarantino opta por não fazer um longa dividido em capítulos, o que na minha concepção ficou bem mais interessante sem termos interrupções e com isso tivemos um ritmo mais cadenciado que faz toda a passagem desde Django sendo liberto até a busca por sua amada, e com isso envolvendo várias histórias no meio do caminho. O que é bacana que a história mesmo sendo bem longa(165 minutos), ela é contada de uma forma tão gostosa de se assistir que passa voando. Claro que por ser um filme de Tarantino não espere nem um pouco por economia em sangue, pois tudo é altamente explodido pelos tiros de forma que se alguém for meio fraco pode até passar mal. Os ângulos escolhidos para capturar as cenas são um show a parte, pois a cada momento a câmera está num lugar nos colocando como se estivéssemos junto dos protagonistas em cada cena. Maravilhosa a mão do diretor tanto para escrever a história quanto para escolher a melhor forma de filmar.
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Outro destaque entre os coadjuvantes está na pontinha que o próprio diretor faz para brincar e como disse para alguns amigos que foram junto na sessão eu colocaria a cena no final para acabar com ela(melhor não falar mais nada para não dar spoilers).
A trilha sonora escolhida para o longa é outro festival de músicas perfeitas, daquela que com certeza você tem de ter em casa e aonde estiver, contando com trilhas de Ennio Morricone apenas para degustar, mas com muito mais canções cantadas que agradam na medida passando desde os tradicionais acordes westerns, passando por canções pop numa levada diferente e colocando até um hip hop com a batida western ao fundo, ficou muito bacana de ouvir e todas sem dúvida encaixaram perfeitamente no longa. Como disse vale muito escutar tanto na forma original para ver como foi bem encaixada na trama, quanto ouvir depois em casa.