PiraporinhaFilmes

21 de agosto de 2010

Wood & Stock: Sexo, orégano e rock'n'roll

Tão falando disso aí agora. Você já tem mais ou menos uma idéia do que esperar? Pois imagine: artistas gigantes que frequentam as paradas da Billboard e tem uma ou outra música tocando em rádios que você só ouve quando pega táxi + artistas que permitem quarentões pais de família que usam camisa pra dentro da calça no trabalho se comportar como adolescentes (usar camiseta preta! gritar em público! ficar bêbado! sair com os amigos ouvindo som alto no carro!) em shows feitos em estádio + aquelas bandas sub-Barão Vermelho (como se o Barão Vermelho por si só já não fosse um grande sub) que em algum lugar entre as orelhas de executivos de gravadora são o mais perto de rock’n'roll que pode ser consumido pelo público-médio brasileiro comprador de discos.

O que boa parte do público de um evento desses tem em comum é só a criação de uma espécie de ideal rock’n'roll na cabeça de gente que nunca gostou de rock ou que tem um CD do Phil Collins no carro pra quando quer parecer mais “descolado”. Justamente - é gente que usa esse tipo de termo, o “prafrentex” dos anos 00. E não é etário - o cara que tem idade pra ter ido ao Woodstock original devia estar reclamando dos hippies em 69 e o cara não tem idade para ter ido ao primeiro festival simplesmente nunca deve ter ouvido as bandas que tocaram lá - e, se ouvir, vai chamar de “porraloca” ou “mutcholoco”, apertando a voz pra ironizar na marra, enquanto entorna mais uma latinha de Bavária. No meio deles, um monte de meninas gritando “êêêêêêêêêêê” - como sempre tem, seja no show do Cordel, numa “festa rave”, na Pachá ou num “é bailão, é rodeio” da vida. E os próprios Wood & Stock do Angeli juntando os poucos trocados pra pagar centenas de dinheiros pra ver bandas que, saberão ao final do evento, desonraram toda uma geração. Se bem que o Wood vai aproveitar pra encoxar umas gatinhas.


Mas se meterem o Rage Against the Machine no elenco, vai rolar a descida ao inferno. Afinal não é todo dia que o Led Zeppelin da sua adolescência toca no seu país. O mais perto disso que podia acontecer era se o Red Hot (não o Chili Peppers, sou da geração que aprendeu o que era overdose de drogas com a morte de Hillel Slovak) viesse fazer um show tocando o BloodSugar de cabo a rabo.

Não custa lembrar, né. Vai que tem quem ainda não conheça…

Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock 'n Roll é um filme brasileiro de animação do ano de 2006, com base nos personagens de Angeli.
Em uma festa na virada para 1972, na casa de Cosmo, estão os jovens Wood, Stock, Lady Jane, Rê Bordosa,
Rampal, Nanico e Meiaoito, que vivem intensamente o barato do flower
power ao explodir dos fogos de ano novo. Trinta anos se passam e nossos
heróis, agora carecas e barrigudos, enfrentam as dificuldades de um
mundo cada vez mais individual e consumista. Família, filhos, trabalho,
contas a pagar e solidão são conceitos que não combinam com o universo
inconseqüente desses "bichos-grilos perdidos no tempo. O jeito é dar ouvidos à voz sábia de Raulzito e ressuscitar a velha banda de rock'n'roll.





Elenco:

•Zé Vítor Castiel - Wood

•Sepé Tiaraju - Stock

•Rita Lee - Rê Bordosa e Lady Jane

•Júlio Andrade - Overall (filho de Lady Jane e Woody)

•Tom Zé - Raul Seixas

•Geórgia Reck- Purpurina (amiga de Overall)

Trilha Sonora:

1.Um Lugar do Caralho - Júpiter Maçã

2.Woody Woodpecker - Arnaldo Baptista

3.Um Oh! e um Ah! - Tom Zé

4.Quando Você Me Disse Adeus

5.Marchinha Psicótica de Dr. Soup - Júpiter Maçã

6.Hulla-Hulla - Rita Lee

7.Canção para Dormir - Júpiter Maçã

8.Ferro na Boneca - Os Novos Baianos

9.1 Paranormal - Matheus Walter

10.Querida Superhist X Mr. Frog - Jupiter Maçã

11.As Mesmas Coisas - Jupiter Maçã

12.Chão de Estrelas - Panflute Simion Luca

13.The Freaking Alice - Júpiter Maçã

14.Eu Vou Me Salvar - Rita Lee

Wood & Stock são dois personagens hippies criados pelo cartunista paulistano Angeli.
As histórias retratam a vida de dois vagabundos ripongas que passam o dia ouvindo Jimmy Hendrix, Janis Joplin e Beatles enquanto lembram do passado nostálgico regado a muito sexo, drogas e rock'n'roll

A animação inicialmente se passa em uma festa na virada para 1972, na casa de Cosmo, onde estão os jovens Wood, Stock, Lady Jane, Rê Bordosa, Rampal, Nanico e Meia Oito, que vivem intensamente o barato do flower power ao explodir dos fogos de ano novo. Trinta anos se passam e nossos heróis, agora carecas e barrigudos, enfrentam as dificuldades de um mundo cada vez mais individual e consumista. Família, filhos, trabalho, contas a pagar e solidão são conceitos que não combinam com o universo inconseqüente desses "bichos-grilos perdidos no tempo. O jeito é dar ouvidos à voz sábia de Raulzito e ressuscitar a velha banda de rock'n'roll.

Além do longa homenagear Raul Seixas ele também conta com vozes de ninguém menos que Rita Lee dublando Rê Bordosa e Tom Zé que dubla Raulzito.
A animação ainda tem uma trilha sonora que inclui a própria Rita Lee, Novos Baianos, Jupiter Maçã e Arnaldo Baptista.


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